segunda-feira, 2 de junho de 2008

Valongo 2008

Valongo 2008



Pediram-me para escrever ou descrever a ultima actividade. Dizem-me que o faço bem, duvido.

Penso que a distância entre dois pontos não se devia medir em metros mas em emoções. Daí esta ultima actividade não é mensurável de outra forma que não 23 sorrisos, 8 gargalhadas e duas quase lágrimas.


A actividade não foi grande, mas foi o suficiente para descobrir pensamentos e reflexões que todos fazem sobre o facto de ser escuteiro e sobre ser pessoa. Desde as relações entre as opções do dia-a-dia e as escolhas do sábado. Desde as palavras que servem como confissão, aos quadros que inspiram e espelham o mundo. Passando pelo maquina que quer congelar o que a memoria tende a esquecer…

A verdade é que o que nos uniu foi a vontade de não esquecer o que estava a acontecer. O que juntou as pessoas foi o elo que irá desaparecer no momento em que as nossas vidas tomarem rumos diferentes dos actuais. E foi isso que em grande medida foi discutido, mesmo quando discutíamos a velocidade do nevoeiro sobre o sabor de uma bebida espanhola. Não falamos sobre promessas, não fizemos cartas, não cantamos poemas, não lemos orações. Mas falamos como raras vezes o fazemos, de forma pura e honesta.


Hoje e agora, recordamos a actividade nos seus ínfimos pormenores. Desde a velhinha à entrada do comboio ao cheiro das obras numa igreja. Mas no futuro a actividade irá desvanecer-se. E aos poucos vai tornar-se num pequeno ponto nos anos de escutismo que todos os presentes carregam.
Até que por fim a actividade vai reduzir-se a poucas fotografias e à lembrança pouco clara do que realmente se passou. Mas o que verdadeiramente irá ficar para sempre. Tatuado até ao osso será o tamanho da caminhada e aí lembrarem-mos claramente que tinha 23 sorriso, 8 gargalhadas e duas quase lágrimas. Aí diremos para nós próprios “lembro-me perfeitamente”.

Foi uma boa actividade.

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