segunda-feira, 30 de abril de 2007

Cenaculo!

O Cenáculo de Núcleo Douro Sul, decorreu nos dias 24 e 25 de Abril de 2007 no CEG (Centro Escutista de Gaia) e teve como tema a Saída do Egipto do Povo de Israel, guiados por Moíses.

O início da actividade decorreu no dia 24 à noite em que cada Caminheiro fez a sua inscrição e recebeu uma vela da cor da sua futura equipa, seguiu-se uma pequena sessão fotográfica com o “Moisés” e uma pequena entrevista sobre as perspectivas de cada um em relação a esta actividade.
Depois do habitual Quebra-Gelo realizou-se a cerimónia de abertura com a representação do episódio da Sarça-Ardente, onde se assistiu ao chamamento de Moíses. Todos os caminheiros também foram chamados a seguir este apelo e com as suas velas iluminaram a Sarça-Ardente formando assim as equipas. Cada equipa tinha o nome de uma tribo de Israel (Levi (Equipa Projecto), Efraim, Naftali, Manasses, e Issacar), de seguida as equipas partiram em busca da sua bandeirola e após um período em reunião apresentaram-se. Posteriormente, começou a passar musicas literalmente pimbas, sobretudo do nosso tão querido e conhecido Quim Barreiros e pronto, a malta animou-se e deu logo um pezinho de dança!
A nossa noite (equipa fórum) foi como muitos já puderam constatar o mais animada possível(As fotos não me deixam mentir, aconteceu de tudo, entre bolos, cafés, chapéus e ligações à net (tínhamos de ver os últimos posts))J. Na verdade, comprometemo-nos a apresentar logo pela manhã um filme com os acontecimentos e relatos marcantes da noite anterior! Pode-se dizer que a manhã não poderia ter começado da melhor maneira! Ou melhor ate podia e começou bem cedo com a barulhenta alvorada feita pela E.P.. Após o pequeno-almoço iniciou-se uma formação sobre os seguintes temas: Recursos do Núcleo, dada pelo Chefe Lucas; Mística e Simbologia da IV, pelos Chefe Costa e Silva e Chefe Filipe; Serviço Social pela Chefe Laura. (para obterem os resumos das formações devem visitar a pagina do cenáculo)

Durante o intervalo o Chefe Lucas ensinou a seguinte música:

“Um girassol, florindo no jardim
Buscando a Luz do Sol
Sorrindo para mim

Eu também sou um grande girassol,
Procuro a luz de Deus
E Sou Feliz assim.

Tenho mil sementes de Amor para te dar
Tenho mil ternuras para lhe dar
Tenho mil carinhos para lhe dar.”


No início da tarde começamos a debater o tema das Pragas nos grupos de trabalho. Assim, foi entregue a cada grupo nove pragas. Deste modo, cada grupo de trabalho discutiu as pragas que assolam o escutismo. Após duas horas intensas de discussão, os grupos deram inicio á execução dos cartazes a serem apresentados no plenário.
Relativamente ao tema da Mística e da Simbologia os grupos chegaram à conclusão de que a realização da carta de clã, e do PPV eram momentos fundamentais para o clã. A carta de clã é feita em clã, contém objectivos ou normas e é assinada por um período de tempo definido pelo clã. Já o PPV é realizado individualmente, poderá ser ou não partilhado e é o caminho para o Homem Novo. Para os grupos de trabalho os símbolos, mais importantes são a vara e a bíblia. A vara, apesar de não ter a mesma importância para todos os clãs (alguns não fazem uso dela) acaba por ser o nosso suporte, ajudando-nos a tomar decisões, a escolher caminhos e a impedir-nos de nos deixarmos levar pela corrente. A bíblia foi referida como o símbolo mais partilhado pelos clãs, na medida em que todos fazem uso dela nas actividades.

Quanto aos recursos alguns grupos referiram o total desconhecimento acerca dos recursos e das suas características. Contudo, não deixaram de realçar o quanto a formação da parte da manhã tinha sido positiva no sentido de transmitir mais informação sobre o tema. Assim, considerou-se o DMF, o CEG, e os recursos do agrupamento como recursos a serem utilizados pelos Agrupamentos. Relacionado com isto, focou-se a pouca abertura dos Agrupamentos e do Núcleo, que têm trabalhado constantemente fechados sobre si próprios.
Os caminheiros também consideram que são o recurso do núcleo. Contudo, acham que deveriam ser mais um recurso, ou seja os caminheiros deveriam ter um papel semelhante aos outros grupos.

O tema do serviço deixou bem patente a necessidade deste ser espontâneo e de deixar de ser rotineiro, isto é os clãs não deveriam cingir o serviço ás actividades que já de si são muito comuns, nomeadamente o Banco Alimentar, Cabazes de Natal, Protecção civil entre outras. Devem, portanto procurar saber mais sobre a realidade e o contexto em que vivem, para puderem prestar serviço aos mais necessitados.
O 100Tempos também foi debatido no seio dos grupos. Todos os clãs mencionaram a evidente falta de motivação que cai sobre os clãs em períodos em que os caminheiros estudantes tem exames. Referiram também a dificuldade em trabalhar com diferentes pessoas e que têm por consequência diferentes objectivos. Contudo, todos realçaram que o Tempo não é o verdadeiro problema, o Tempo é usado como desculpa. Na verdade, o que realmente afecta o escutismo é a ausência de motivação!
Outro ponto muito discutido e que suscitou um debate aceso no plenário foi a importância da participação na eucaristia. Uma grande parte dos caminheiros revelou que não consideravam relevante a participação do clã na eucaristia, uma vez que a fé pode ser praticada em qualquer lugar e de variadíssimas formas.
Associada a esta falta de motivação surge todo um conjunto de pragas identificadas pelos grupos, nomeadamente o comodismo, a luxúria, o consumismo, o autoritarismo, a inveja, o materialismo, a futilidade, a ganância e a superficialidade.
Somos assim, muitas vezes escravos da nossa própria sociedade, que nos leva em algumas ocasiões a colocar o nosso bem-estar à frente do escutismo.
Todas estas ideias foram apresentadas e discutidas pelos grupos de trabalho. No fim, lemos a última praga, a morte dos primogénitos e, tal como os hebreus se protegeram com sangue do cordeiro, também nós caminheiros em busca do Homem Novo, nos protegemos pintando uma vara de cor vermelha na face do rosto.

Depois do lanche(em que se formou a irmandade dos croissants de chocolate), descemos até ao riacho para a cerimónia de fecho e foi representada a passagem de Moisés no mar vermelho, assim seguimos as suas pisadas “erguemos a nossa vara e passamos o mar vermelho”. Do outro lado do rio assinamos a Carta do Cenáculo de Núcleo.

Para o ano há mais. Mas os caminheiros já podem inscrever-se para a proxima equipa projecto!Mais uma vez o nosso cla vai estar á frente de um gd projecto! Força Fabio!

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